Uma grande preocupação estava enraizada sob toda aquela dor: dar prazer ao companheiro. Sentia-se incapaz, como mulher, de satisfazer aos anseios do homem a quem se entregara. Logo ela, que havia se guardado por tanto tempo ao seu grande amor.
Muitas vezes, quando nos damos conta de algo não está de acordo com aquilo que idealizamos, parece que o nosso corpo sinaliza, como uma resposta natural ao contexto que nos rodeia: nossas inquietações e preocupações.
Foi descobrindo, através de perguntas tímidas e camufladas, se aquilo era normal; descobriu que não. Descobriu também, que a sua dor tinha não era só sua, não era uma apenas uma resposta à alguma disfunção física do corpo. A sua dor era uma reposta da sua preocupação.

Estabelecer esse elo a sensibilizou demais. Entender que a sua preocupação aliada à suposta ausência de prazer do outro eram as principais causas da dor no ato de fazer amor, frearam a sua busca de respostas.
Muitas vezes, quando nos damos conta de algo não está de acordo com aquilo que idealizamos, parece que o nosso corpo sinaliza, como uma resposta natural ao contexto que nos rodeia: nossas inquietações e preocupações.
É inegável, no entanto, que somente a partir desses momentos de “crise” é que damos início a um novo movimento e saímos timidamente do modo automático de vida, como bem falamos lá no primeiro texto. Esse processo pode trazer inquietações, físicas e mentais, que repercutindo diretamente nos nossos momentos de prazer, inclusive sexuais.
É, pois, um processo individual e vagaroso. Begônia, que é a flor ligada à cordialidade, timidez e lealdade no amor, barrou sua busca momentaneamente. Quando se trata uma disfunção sexual (como por exemplo a dor durante o sexo), acolhem-se (principalmente) as emoções envolvidas. Embora os elos entre os nossos sentimentos e atos sejam essenciais para o alcance do verdadeiro prazer, a busca por respostas deve respeitar nossos limites e ritmo de conhecimento. Em outro momento, Begônia sentirá novamente o corpo demonstrando a necessidade na busca de respostas às perguntas que insiste formular.
Sobre begônia: os limites individuais devem estar de acordo com os da conjugalidade. No entanto, isso só é possível, quando compreendemos nossos próprios limites (tema do texto anterior).
Escrito por Aline Vieira da Rocha e Joana Verani